Cenários escolares onde não há disciplinas pré-determinadas e "engessadas" deram espaço a propostas inovadoras e multidisciplinares na capital da Finlândia, Helsinque. Os alunos, por exemplo, ao invés de terem aulas de física, têm tópicos (ou fenômenos, como chamam os educadores finlandeses) sobre um tema específico com professores, não somente de física, mas especializados nas áreas que envolvem estes temas. Não restringindo a inovação somente à divisão de matérias, é possível observar nas salas de aula de Helsinque pequenos grupos colaborativos de alunos estudando sobre um assunto específico e debatendo entre si, completamente diferente da sala de aula tradicional, onde os alunos são dispostos em fileiras unicamente para ouvir o professor.
Estima-se que cerca de 70% dos professores do ensino médio da capital finlandesa, que são muito bem remunerados e treinados, já são capacitados a atuar neste novo modelo pedagógico. Mas a Finlândia, que apresenta 98% de seus alunos matriculados em escolas totalmente públicas, não quer parar por aí e tem planos para expandir totalmente essa educação não-tradicional para o interior do país até 2020. A proposta pedagógica, apesar de parecer confusa aos olhos conservadores da maioria professores brasileiros, é totalmente consoante com as teorias de ensino mais respeitadas atualmente. Um fato que evidencia o sucesso é a classificação do país no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos, em inglês) que, nos últimos anos, sempre está entre os 10 melhores colocados do mundo.
Fontes:
http://rescola.com.br/finlandia-sera-o-primeiro-pais-do-mundo-a-abolir-a-divisao-do-conteudo-escolar-em-materias/
http://www.independent.co.uk/news/world/europe/finland-schools-subjects-are-out-and-topics-are-in-as-country-reforms-its-education-system-10123911.html
