domingo, 6 de outubro de 2013

Histórico das atividades do PIBID – UEM



2010

Ao longo do primeiro ano do projeto, realizamos as observações das aulas de física nos colégios por nós acompanhados e atuamos como monitores no MUDI (o que permanece durante todos os anos). Em alguns colégios, bolsistas ministraram monitorias no contra-turno e foram organizadas feiras de ciências (figura 1). Além disso, durante encontros semanais, foram feitas diversas reflexões através da leitura de artigos e discussão de diferentes metodologias de ensino, almejando uma mudança na visão dos bolsistas a respeito do modo como se ensina à física. A maioria desses artigos tinham como pressuposto teórico o Construtivismo, seguindo uma visão piagetiana sobre o processo de ensino-aprendizagem. Assim, desde o primeiro momento começamos a refletir sobre as críticas relacionadas ao ensino tradicional, que prioriza apenas a memorização, repetição, a aprendizagem mecânica.


Figura 1. Feira de ciências dos colégios

2011

A partir das reflexões teóricas realizadas, foram planejadas e aplicadas sequências didáticas (figura 2) ao longo do ano. Estas foram de suma importância por antecipar os futuros docentes às dificuldades encontradas em sala de aula. Os temas abordados foram mecânica, calorimetria, eletrostática, óptica, entre outros. A feira de ciências foi realizada em todos os colégios por nós acompanhados (o que vem se repetindo ao longo dos anos). Ocorreu também neste ano o I Colóquio do PIBID – Física da UEM, durante a XXI Semana da Física, no qual foram apresentados minicursos sobre as sequências didáticas já aplicadas, painéis e palestras.

Figura 2. Sequências didáticas aplicadas

2012

Durante o ano de 2012 reiniciaram-se as reflexões por meio das apresentações de artigos. Além disso, aconteceu o I Encontro do PIBID onde os bolsistas apresentaram painéis e relatos orais sobre as sequências didáticas aplicadas no ano anterior e em Agosto, alguns bolsistas participaram do I Encontro Estadual do PIBID, em Ponta Grossa, onde foram novamente apresentados painéis e relatos orais sobre os trabalhos já realizados. No final do ano, durante o I Encontro Nacional do PIBID, alguns bolsistas tiveram a oportunidade de apresentar o que vinha sendo desenvolvido no projeto.


Figura 3. Participação em eventos

2013

Novamente, buscamos a partir das reflexões teóricas, preparar sequências didáticas e aplicá-las nos colégios por nós acompanhados. Entretanto, ao longo do decorrer dos anos, nossas ideias e concepções foram amadurecendo, o que refletiu em uma nova organização das atividades em sala. Dessa forma, para construir nossas sequências didáticas, partimos de pressupostos Construtivistas, buscando levar:

[...] os estudantes a construir o seu conteúdo conceitual participando do processo de construção e dando oportunidade de aprenderem a argumentar e exercitar a razão, em vez de fornece-lhes respostas definitivas ou impor-lhes seus próprios pontos de vista transmitindo uma visão fechada das ciências (CARVALHO, 2009, p. 3).

Para que ocorra essa construção dos conhecimentos, procuramos utilizar as ideias de Piaget, que “[...] insiste na importância do trabalho em grupo (dinâmica de grupo)” (LIMA, 1980, p. 128), em oposição às aulas expositivas. Ao longo destas reflexões, portanto, foi possível modificar a concepção de que uma “boa aula” é aquela onde os conhecimentos são transmitidos de forma clara e concisa. Dessa forma, nossas aulas foram estruturadas para que propiciassem o trabalho em grupo, buscando sempre partir de uma situação-problema (figura 3). Os conteúdos preparados foram: quantidade de movimento, dilatação e propagação de calor e eletrostática.



Figura 4. Atividade sendo desenvolvida em sala de aula

Durante esse período ocorreu o II Encontro PIBID – UEM onde foram apresentados relatos orais sobre os trabalhos realizados neste ano. Dando sequência as atividades, reiniciaram as reflexões teóricas, com a análise e discussão de novos artigos (atividade em andamento).

Ao longo de um trabalho que tem durado mais de três anos, o projeto PIBID- Física possibilitou a diversos graduandos um contato antecipado com a realidade escolar, sendo responsável por melhorar nossa compreensão dos reais entraves da educação em nosso país; refletir sobre a ineficácia da metodologia de ensino empregada atualmente; enfrentar a complexidade dos conteúdos que devem ser ministrados, e perceber que para elaborar uma aula diferenciada, faz-se necessário não apenas reflexões e pesquisas, mas sim a intermediação entre teoria e prática.

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