domingo, 23 de agosto de 2015

Estudo explica por que autistas são geralmente mais criativos


Se você tivesse que pensar em usos alternativos para um clipe de papel, que resposta daria? Hum… que tal um cabide, um alfinete, fazer joias com ele ou mesmo usar para limpeza de objetos pequenos? Nada muito criativo, não? E se a resposta fosse: uma mola ou uma peça para um jogo?
Essas respostas ajudaram um estudo a concluir que pessoas com características autistas dão respostas mais criativas para problemas que testam o chamado "pensamento divergente", ou seja, a capacidade de oferecer várias respostas diferentes a uma pergunta. A pesquisa foi publicada recentemente na revista Science Advances.
Psicólogos da Universidade de East Anglia e da Universidade de Stirling, no Reino Unido, fizeram a pesquisa com pessoas que não têm o diagnóstico de autismo, mas que têm muitos comportamentos e processos de pensamento associados ao autismo. Esses participantes sugeriam menos soluções, mas de qualidade e originalidade superior às propostas por pessoas com menos características autistas.
"As pessoas com grau mais alto de características autistas tiveram menos ideias criativas, mas de maior qualidade. Considera-se geralmente que o pensamento deles é mais rígido, portanto, o fato de que suas ideias são mais incomuns ou raras é surpreendente. Essa diferença pode ter implicações positivas para a resolução de problemas criativos", afirma Martin Doherty, um dos autores.
Direto para o desafio
Estudos anteriores usando as mesmas questões mostraram que a maioria das pessoas usa primeiro estratégias mais simples, por exemplo, associação de palavras, para produzir respostas óbvias. Só depois passam a pensar em estratégias mais complexas e as respostas se tornam mais criativas. A pesquisa sugere que as pessoas com mais traços de autismo vão direto às estratégias mais difíceis.
"As pessoas com traços autísticos abordam os problemas de criatividade de uma forma diferente", diz Doherty. "O caminho da associação ou da memória para ser capaz de pensar em ideias diferentes é comprometido, enquanto a habilidade específica de produzir respostas incomuns é relativamente não comprometido ou superior".
Para a autora Catherine Best, da Universidade de Stirling, o estudo explica como algumas pessoas portadoras de algo que é visto como "deficiência" mostram criatividade superior em algumas áreas. "É preciso perceber que há grande variação entre as pessoas com autismo. Pode haver pessoas cuja habilidade de trabalhar independentemente é comprometida e outras que são muito menos afetadas. Da mesma forma, nem todos com o distúrbio, ou traços associados a ele, vão ser bons em resolver problemas criativos. Entender essa variação será peça chave para entender o autismo e o impacto que ele tem na vida das pessoas", disse.
Metodologia
Os pesquisadores analisaram dados de 312 pessoas que fizeram um questionário anônimo online para medir seus traços de autismo e fizeram uma série de testes criativos. Os participantes foram recrutados via mídia social e sites para pessoas com Transtorno do Espectro Autista e seus parentes - 75 dos participantes disseram que receberam diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista.
Para testar o chamado "pensamento divergente", pediu-se aos participantes que criassem quantos usos alternativos conseguissem para um tijolo ou clipe. A resposta foi classificada de acordo com a quantidade, elaboração e originalidade. Pessoas que propuseram quatro ou mais respostas originais tinham nível mais alto de características autistas. As respostas mais simples do início dessa reportagem foram de pessoas com menos traços, enquanto as mais originais foram de pessoas com mais características autistas. 

domingo, 2 de agosto de 2015

Desigualdade de gênero na escola

Foto por: Enokson; Disponível em: https://www.flickr.com/photos/vblibrary/8465390145


Um dos estereótipos mais errôneos que a sociedade atribui às mulheres é de que elas supostamente seriam mais inclinadas para as artes e literatura, enquanto homens estariam propensos a nascerem com o "dom" da matemática, engenharia e ciência. Enquanto meninos são estimulados através de jogos e brinquedos a refletirem sobre ciência e matemática, meninas geralmente são obrigadas a lidarem com um mundo de brinquedos cor-de-rosa que nada estimulam o raciocínio lógico. O fato de existir poucas mulheres matriculadas em cursos superiores na área de Ciências, em especial, Ciências Exatas, acaba por alimentar esse pensamento sexista.

Visando investigar o motivo desta discrepância entre homens e mulheres nesta situação, um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv (Israel) constatou que professores tendem a superestimar meninos na área de ciências e matemática e subjulgar meninas nestas mesmas áreas. Foram aplicados testes para alguns alunos e alunas da sexta série aos anos finais e separados dois grupos de professores que teriam a tarefa de corrigir estes testes: um dos grupos sabia os nomes dos alunos, e o outro teria que corrigir as provas sem acesso à identificação do estudante.

O resultado foi que, apesar do teste cego ter mostrado notas equilibradas, a correção realizada pelo grupo que tinha acesso ao nome dos alunos foi muito mais rigorosa com as meninas, e, mesmo tendo respostas equivalentes para as mesmas perguntas, as notas atribuídas aos meninos era muito mais generosa que a conferida às meninas. Apesar de sabermos que a escola não é o único fator que vai definir as escolhas profissionais futuras do aluno, é um fato que ela é um elemento de considerável importância. Na idade de escolarização, todos os estímulos que os estudantes recebem dos professores pode deixar marcas duradouras e a falta de incentivo é internalizada pelas alunas, que vestem as carapuças que os professores e a sociedade as atribuem.

Apesar do estudo comentado ter sido realizado analisando Israel, pode-se extender também para o Brasil, onde a média das mulheres nos cursos de Física, por exemplo, não costumam ultrapassar 20% dos alunos de graduação nas principais universidades do país. São necessárias políticas públicas eficientes de combate à desigualdade de gênero e uma inserção de tópicos que abordem a discussão destes temas dentro das escolas e na formação inicial dos professores.

TRUQUES DA MENTE



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