sexta-feira, 21 de novembro de 2014

MUDI no Ficiencias

Foto: Jean Pavão e Roberto Lemos
Nos dias 11, 12 e 13 de novembro foi realizado o Ficiencias (Feira de Inovação de Ciências e Engenharias), em Foz do Iguaçú. O evento já conta com sua terceira edição e seu intuito é a exposição de ideias criativas e inovadoras no campo das ciências por alunos de ensino fundamental, médio e técnico do Paraná (Brasil), Alto Paraná, Canindeyu e Caaguazú (Paraguai) e da Província de Misiones (Argentina). Além das mostras e pesquisas dos participantes, houve ainda a exposição itinerante do MUDI-UEM (Museu Dinâmico Interdisciplinar) propiciando ao público uma aproximação e divulgação científica. O MUDI em seu local atual, dentro do campus sede da UEM, conta, além de outros espaços, com a área do giroscópio, astronomia e sala da física, estas com monitores, em sua maioria, bolsistas do PIBID Física.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

   


   Está aberta a inscrição para o Processo Seletivo Simplificado – PSS 2015 afim de suprir com profissionais da educação (professores, professor pedagogo e interpretes de LIBRAS), administrativo e de serviços gerais vagas ofertadas por instituições públicas de ensino (até o chamado Ensino Médio) em todo o Brasil.

   Os editais 76, 77 e 78 de 2014 estabelecem instruções para inscrição e contratação de profissionais temporários para professores, assistente administrativo e para serviços gerais respectivamente.
   As inscrições estão abertas até às 18 horas do dia 21/10.

   A remuneração para professores é de R$ 13,74 (por hora/aula) para os que já concluíram o curso superior em sua área específica de atuação e R$ 9,62 (por hora/aula) para os que ainda está na graduação. Ainda existe uma ajuda de R$ 4,09 (por hora/aula) como auxilio transporte.

   Para ter acesso aos editais mencionados, acesse: http://www.educacao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1345

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Eclipses Solares e Lunares em 2015


Durante o ano de 2015 vão ocorrer 4 eclipses, 2 eclipses do Sol e 2 eclipses da Lua. Este artigo apresenta as datas, horas e os locais onde poderão ser observados os eclipses em 2015. Os eclipses são fenómenos astronómicos que despertam o interesse tanto aos astrónomos como ao público em geral.
Na lista dos eclipses de 2015, o horário é apresentado em Tempo Universal (TU), e não no horário local. O motivo de ser apresentado dessa forma, é devido ao fato dos visitantes deste site serem de locais bastante diversos, com horários locais diferentes. A título de exemplo, uma pessoa em Portugal está com um horário diferente de uma pessoa no Brasil. A partir do Tempo Universal, precisamos de converter em Tempo Local.
Veja mais no link: http://www.siteastronomia.com/eclipses-solares-e-lunares-em-2015
fonte: http://www.siteastronomia.com/eclipses-solares-e-lunares-em-2015

Ciência e cinema: Oito filmes para refletir sobre biologia e ciências

Além de momentos de diversão ou lazer, assistir a um filme também pode ser uma ótima oportunidade de aprendizado. Existem muitos filmes que trazem informações, ajudam a refletir ou complementam assuntos tratados em sala de aula. Porém, é sempre necessário ter uma visão crítica desses filmes.

Em especial, quando o assunto é ciência, é preciso estar atento a possíveis inconsistências entre a verdade científica e aquilo que é apresentado na história.

Segue uma pequena lista de filmes que podem ser interessantes para aprender ou refletir sobre alguns temas tratados nas aulas de ciências ou biologia.

Uma verdade inconveniente (Dir. Davis Guggenhein, EUA, 2006):

Documentário no qual o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, apresenta uma série de fatos e dados sobre as condições climáticas e sobre o aquecimento global. Gore transmite a mensagem de que é preciso agir com urgência para proteger a Terra e impedir os efeitos das mudanças climáticas.

Ótimo filme para aprender as causas e conseqüências do aquecimento global. Excelente para refletir sobre que medidas mundiais podem ser tomadas para contornar essa situação, bem como de que forma cada um de nós pode contribuir para a causa.

Osmose Jones (Dir. Bobby e Peter Farreley, EUA, 2001):

O filme é uma interessante viagem pelo sistema imunológico humano. Tudo começa quando Frank contrai o que a princípio parece ser um simples resfriado. A partir daí, conhecemos o interior de seu organismo que é chamado de "a cidade de Frank". Os glóbulos brancos são representados por policiais responsáveis pela segurança da cidade. Têm como líder um linfócito chamado Osmose Jones.

Jones comanda a luta contra o vírus. que entrou no corpo de Frank disfarçado de resfriado para despistar o sistema imunológico. Na verdade trata-se de um novo tipo de vírus, chamado Thrax. O plano de Thrax é se multiplicar rapidamente e matar Frank em 48 horas para, desta forma, ficar conhecido pela medicina como uma nova e terrível doença.

Homo sapiens 1900 (Dir. Peter Cohen, Suécia, 1998)

Documentário que mostra a pesquisa sobre a eugenia, ou seja, sobre a seleção e a purificação da raça humana, no início do século 20. O filme narra, principalmente, a busca de um embasamento científico e a utilização de ética.

Apesar de abordar as leis de hereditariedade, o filme faz refletir principalmente sobre as questões éticas acerca da eugenia. A purificação racial é algo eticamente aceitável? Além da questão moral, quais seriam os riscos de diminuir a variabilidade genética de uma espécie? Outro ponto importante: como as teorias científicas, tidas como verdadeiras num certo período, podem ser utilizadas para embasar políticas públicas e influenciar o comportamento de uma sociedade.

O curandeiro da selva (Dir. John McTierman, EUA, 1992):

O filme conta a história de um cientista chamado Robert Campbell que trabalha para uma grande indústria farmacêutica. Ele é enviado para a floresta amazônica em busca de plantas que forneçam princípios ativos para medicamentos. Lá ele passa a habitar uma aldeia indígena localizada na região onde realiza a busca. Campbell descobre uma substância, extraída de uma rara bromélia, que teria ação no combate ao câncer. Porém ele enfrenta problemas para sintetizar a substância e extrair seu princípio ativo. Ao mesmo tempo, os arredores da aldeia começam a ser devastados pela derrubada de madeira e a construção de uma estrada.

O filme ilustra o potencial da biodiversidade das florestas tropicais em relação à pesquisa de princípios ativos para a fabricação de medicamentos. No filme também é possível aprender algo sobre o processo de extração de princípios ativos e a síntese de substâncias em laboratório. Outro ponto importante é o impacto da extração madeireira sobre a biodiversidade e sobre as comunidades florestais na Amazônia.

A ilha (Dir. Michael Bay, EUA, 2005):

O filme se passa num futuro próximo no qual a clonagem humana é possível e permitida. Assim, as pessoas podem encomendar clones de si mesmas para o caso de um dia precisarem de um transplante. Os clones vivem em local isolado e numa sociedade altamente vigiada. Não sabem qual é a sua verdadeira finalidade. Conta-se para eles que a Terra está contaminada e, por isso, é necessário viver neste local isolado.

De vez em quando um deles é sorteado para, supostamente, ir morar em uma ilha que não foi contaminada. Na verdade, estes são os clones cujos donos estão precisando de algum transplante. O filme lembra o que é um clone e como é realizado o processo de clonagem. Também é uma oportunidade para se discutir se a clonagem de humanos é possível, se essa seria uma prática moralmente aceitável e quais as questões éticas que entrariam em jogo nesse caso.

E a banda continua a tocar (Dir. Roger Spottiswoode, EUA, 1993)

O filme conta a história da descoberta da AIDS a partir da morte de diversos homossexuais no final da década de 70. Mostra como, a princípio, a doença era vista como exclusiva das comunidades homossexuais e o preconceito existente contra os portadores. Retrata também a dificuldade dos cientistas em estudar a origem da doença e a relutância das instituições em financiar as pesquisas e em falar sobre o tema.

"E a banda continua a tocar" é baseado em fatos reais e, portanto, é uma boa maneira de aprender sobre a origem da AIDS, bem como para conhecer seus sintomas, formas de transmissão e prevenção. Também pode servir como ponto de partida para debates sobre o preconceito e o impacto deste nas políticas públicas direcionadas à doença.

Nas montanhas dos gorilas (Dir. Michael Apted, EUA, 1988)

Conta a história real de uma antropóloga americana, chamada Dian Fossey, que vai para a África estudar o comportamento dos gorilas. Lá ela acaba por descobrir que esses primatas estão seriamente ameaçados pela caça ilegal. Dian se torna uma das maiores defensoras dos gorilas e passa a dedicar sua vida a sua preservação.

O filme é uma boa oportunidade para conhecer um pouco da atividade dos pesquisadores de campo e os obstáculos que podem surgir no desenvolvimento de uma pesquisa. Também é excelente para refletir sobre as espécies ameaçadas de extinção e sua conservação. A partir dele, você pode discutir as medidas conservacionistas atualmente postas em prática em nosso país e daquelas que, em sua opinião, seriam necessárias para a conservação de uma espécie ameaçada de extinção.

A ilha das flores (Dir. Jorge Furtado, Brasil, 1989):

Este curta metragem narra o percurso de um tomate estragado desde o momento de sua compra em um supermercado até seu destino em um lixão. No lixão os restos orgânicos servem de comida para um criador de porcos. Após a alimentação dos animais, o proprietário libera a entrada de habitantes da ilha, extremamente pobres, para que estes procurem por restos de comida.

O filme realiza uma crítica ao consumismo e a geração desigual de renda na sociedade contemporânea. Assistindo ao filme, além de refletir sobre questões como a pobreza e a desigualdade social, também travamos contato com questões socioambientais, como as diferenças entre o consumismo e o consumo responsável ou consciente.

Alice Dantas Brites*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação *Alice Dantas Brites é professora de biologia.


FONTE:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/ciencia-e-cinema-oito-filmes-para-refletir-sobre-biologia-e-ciencias.htm

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Curso de Astronomia online USP



   

   Vale lembrar, para aqueles que estão com a cabeça sempre nas nuvens... ou além, nas estrelas e fontes de rádio quase-estelar (Quasar para os íntimos) que a Universidade Estadual de São Paula, em colaboração com outras diversas Universidades conceituadas no mundo promove o curso de Astronomia online gratuito, podendo o interessado adquirir um certificado ao final do curso – para isso uma prova presencial na instituição em São Paulo se faz necessário. Fica a dica!
Para mais informação, acesse: http://www.veduca.com.br/browse/subjects/3

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O que acontece quando um garoto resolve “hackear” o sistema tradicional de ensino?

O que acontece quando um garoto resolve “hackear” o sistema tradicional de ensino?

Ficou curioso com a palavra “hackear” no título?
Então, deixa eu explicar. O que trago hoje é um vídeo do TEDx – que por sinal, é um ótimo canal de conhecimento a nível global – que estava circulando sobre um jovem que criou uma nova maneira de ensino que foge um pouco do período de ensino fundamental, ensino médio e universidade que estamos bem acostumados.
Logan LaPlante é um jovem de apenas 13 anos e possui uma vontade absurda de viver e ser feliz, ele não frequenta a escola tradicional desde os 9 e hoje busca novos conhecimentos por meio do que ele denominou ser Hackschooling.
Hackschooling é, basicamente, um método que alia alegrias, valores, atividade física e indagação, que busca a construção de uma base sólida de valores e construção de um ser humano pleno, consciente e feliz.
Pra entender, nada melhor do que ele próprio para explicar (ative as legendas):





Cérebro infantil é um insaciável devorador de glicose

Segundo um novo estudo conduzido por antropólogos da Universidade Northwestern, nos EUA, ele usa o dobro de glicose (a energia que alimenta o cérebro) do que o de um adulto maduro. O estudo ajuda a resolver o antigo mistério de por que as crianças humanas crescem tão lentamente em comparação com nossos parentes animais mais próximos.
 
Mais informações acesse: http://hypescience.com/cerebro-infantil-e-um-insaciavel-devorador-de-glicose/

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Bóson de Higgs destruirá o Universo?





   A “Partícula de Deus” agora será a “Partícula do Apocalipse” ??
  É isso o que insinua o renomado cientista Stephen Hawking, ex-catedrático  de matemática de Cambridge devido a algo denominado de “retardo catastrófico de vácuo”, o que poderia ocorrer se o Bóson de Higgs fosse submetido a alta pressão!
   Mas fiquem tranquilos, pois aparentemente não temos verba para fazer isso.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Uma atividade diferente em sala de aula!



    Alunos do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Adaile Maria Leite, em Maringá-PR, realizaram a construção de um Guindaste Hidráulico para a semana cultural.
    Como é de costume no colégio, desde o inicio do ano os professores de Física direcionam os alunos para a realização de projetos semelhantes a este como forma de avaliação.
    No primeiro semestre a avaliação é em cima da parte teórica dos experimentos que os alunos vão desenvolver no próximo semestre, eles são instruídos a pesquisar os conceitos científicos, a história da ciência até aquele momento, entre outros aspectos importantes.
   Os bolsistas do PIBID tem um papel fundamental neste projeto, ajudam os alunos tanto na pesquisa teórica quanto no desenvolvimento prático. Logo, se temos um papel tão importante, somos responsáveis também pela avaliação do projeto.
   Os alunos também fazem vídeos sobre a construção dos experimentos, como foi citado o Guindaste Hidráulico o vídeo dos envolvidos neste projeto ficará a disposição para os curioso, ou para quem quiser montar um também.




sábado, 6 de setembro de 2014

Bolsa de Iniciação Científica no Ensino Médio

   

   Estudantes do Ensino Médio podem ser agraciados com bolsa fornecidas pela CNPq para realizarem pesquisa científica. A escolha dos alunos é feita através das notas adquiridas nos anos escolares/uma avaliação realizada na própria escola ou na universidade.

      A iniciativa não é recente, mas sua falta de divulgação é um dos fatores que barram o ingresso dos alunos à iniciativa de se começar a realizar um trabalho ou pesquisa que será divulgada ou reconhecida de alguma forma pela comunidade científica.
Uma circular oferecida pela CNPq sobre as finalidades do programa de Iniciação Científica Júnior e as formas de ingresso podem ser acessadas em: http://www.cnpq.br/documents/10157/96bfa431-898f-49b8-a70f-4c070af213e6


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Diga ‘xis’, gato de Schrödinger!

Técnica de fotografia quântica desenvolvida por brasileira permite registrar imagens sem que a luz passe pelo objeto e pode ter aplicações na medicina e na informática no futuro.

Diga ‘xis’, gato de Schrödinger!
Imagine fotografar um objeto sem registrar qualquer luz produzida ou refletida por ele – só mesmo a física quântica para possibilitar essa foto 'fantasma', a partir de dois feixes de fótons entrelaçados quanticamente. (imagem: Gabriela Barreto Lemos).

Em geral, uma câmera fotográfica registra a luz que passa por um objeto e chega à lente. Porém, um novo método de fotografar é capaz de registrar imagens a partir de feixes de fótons que jamais tocaram o objeto retratado. Estranho? Deveras, pelo menos do ponto de vista da ciência a que estamos acostumados em nosso cotidiano. Mas o avanço está relacionado às propriedades nada intuitivas da física quântica – mais especificamente ao entrelaçamento ou emaranhamento quântico, uma possibilidade de conexão entre duas partículas a ponto de qualquer coisa que aconteça a uma influenciar de imediato a outra.
O trabalho, liderado pela física brasileira Gabriela Barreto Lemos, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro que atualmente faz pós-doutorado na Academia Austríaca de Ciências, em Viena, utilizou dois feixes de fótons gêmeos, os seja, entrelaçados quanticamente. Eles foram produzidos pela interação de um laser com um cristal não linear e apresentavam comprimentos de onda distintos: 1.550 nm e 810 nm.
Cada um foi enviado numa direção diferente: o de 1.550 nm atravessou objetos reais e depois foi descartado (ou seja, não foi coletado por nenhum sensor). O outro percorreu um circuito livre e depois foi coletado. Apesar de não ter tido contato com qualquer objeto, ele registrou o objeto que o ‘irmão’ havia atravessado. No total, foram três pequenas figuras ‘fotografadas’: um pedacinho de cartolina com um recorte em forma de gato, uma lâmina de silício também com uma imagem de gato gravada e uma placa de vidro com uma imagem da letra grega ‘pi’.

Fotografia quântica
O método utilizou um laser verde (A), para criar dois feixes de fótons com frequências diferentes. O de 1.550 nm (vermelho) atravessa o objeto (B) e depois é descartado (C), enquanto o de 810 nm (amarelo) nunca passa pelo objeto, mas registra a imagem ao ser coletado pelo receptor (D). (foto: Lois Lammerhuber).

Vale explicar antes que se passe a ideia errada: não, caro leitor, Lemos não é aficionada por felinos. Mas gosta de homenagear aqueles que a precederam: a imagem do gato é uma bem-humorada referência ao físico austríaco Erwin Schrödinger, um dos grandes estudiosos dos sistemas quânticos e da natureza quântica da matéria – a analogia do ‘gato de Schrödinger’ talvez seja o experimento mental mais conhecido para explicar essa natureza. “Tive a ideia de homenageá-lo por que suas descobertas sobre superposição, fenômeno ilustrado pelo paradoxo do gato, é um dos elementos-chave do nosso experimento”, conta a brasileira.

Possibilidades quânticas

Embora seja mais uma importante comprovação do estranho emaranhamento quântico, o experimento de Lemos, descrito na semana passada na revista Nature, não se restringe ao campo teórico. Isso porque câmeras sensíveis a baixos níveis de luz infravermelha, como 1.550 nm, são muito caras e difíceis de conseguir comercialmente, diferentemente de detectores e câmeras para 810 nm, bastante acessíveis. “Ao utilizar os dois comprimentos de onda, demonstramos a possibilidade de ‘iluminar’ com um deles, para o qual não é trivial encontrar um detector, e fazer o registro com o outro”, diz.
Gato de Schrödinger
Por meio da nova técnica, os pesquisadores registraram imagens de um gato recortado em um pedaço de cartolina e outro gravado em uma placa de silício, em referência ao ‘gato de Schrödinger’, analogia criada para explicar a natureza quântica da matéria. (imagem: Gabriela Barreto Lemos)
Os materiais utilizados também ajudam a antever possibilidades de aplicação real. “O silício é opaco quando iluminado com uma luz de 810 nm e o vidro seria ‘invisível’ nessa frequência, mas os dois puderam ser registrados quando atravessados pelo feixe de 1.550 nm”, conta a física. “A técnica permitiu registrar a imagem de um objeto opaco e de outro invisível ao comprimento de onda de detecção (810 nm) – e utilizando uma câmera que é cega ao comprimento de onda que ilumina o objeto (1.550 nm).”
Suas aplicações poderão ser muitas no futuro, da medicina à computação quântica
Suas aplicações poderão ser muitas no futuro, da medicina à computação quântica. “Patenteamos esse método de imagem quântica e vamos desenvolver protótipos para laboratórios de biologia e diagnóstico de tecido”, diz. “Nessa área, muitas vezes o comprimento de onda ideal para iluminar uma amostra é grande – infravermelho – e a amostra é delicada, não pode receber luz forte – e baixos níveis de luz no infravermelho são uma combinação cara e difícil para câmeras.”
A pesquisadora também vem trabalhando em outro experimento ligado à computação quântica. “Na verdade, é isso que eu estou investigando agora”, revela Lemos, animada. “Estamos montando uma experiência similar para explorar aplicações desse fenômeno na informação e computação quântica e espero poder dar mais detalhes dentro de um ano”, conclui, misteriosa. Esperemos, então, por novos avanços quânticos, com uma certeza em mente: o que está por vir provavelmente desafiará o senso comum.
Texto de Marcelo Garcia
Ciência Hoje On-line

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2014/09/diga-2018xis2019-gato-de-schroedinger

domingo, 31 de agosto de 2014

O MUNDO DE BEAKMAN!



 O Mundo de Beakman (Beakman’s World no original) foi um programa estrelado pelo ator Paul Zaloon no papel de Beakman, um sujeito de cabelo espetado que respondia todas as perguntas que lhe eram enviadas. E para isso, ele contava com a ajuda de sua assistente Josie/Liza e Phoebe (foram três ao longo de 4 temporadas) e do rato de laboratório Lester.


   Um dos programas de divulgação de ciência mais vistos no EUA
e muito popular aqui no Brasil.

  Para aqueles que desejam saber mais sobre o programa, acesse: http://vacanerd.com.br/28-fatos-e-curiosidades-para-relembrar-o-mundo-de-beakman/
P.s.: 01000101 01110101 00100000 01110100 01100101 01101110 01101000 01101111 00100000 01100101 01110011 01110100 01100001 00100000 01110011 11101001 01110010 01101001 01100101 00101100 00100000 01100011 01100001 01110011 01101111 00100000 01100001 01101100 01100111 01110101 11101001 01101101 00100000 01110001 01110101 01100101 01101001 01110010 01100001 00100000 01100101 01101101 01110000 01110010 01100101 01110011 01110100 01100001 01100100 01100001 00101110 

sábado, 30 de agosto de 2014

My English Online

   A CAPES juntamente com o MEC oferece o curso de Inglês intitulado My English Online. O objetivo é fazer com que mais alunos de graduação busquem concorrer as bolsas de estudo fora do país, ajudando-os a ultrapassar a principal barreira para este fim: a língua inglesa.

   O curso inteiramente online oferece livros, dicionário, vários exercícios e atividades, tanto de escrita quanto de vídeo, assim, como acesso a notícias de outras mídias como a National Geographic, utilizando como referência a ferramenta para ensino de idioma MyELT, que oferece cinco níveis e teste de níveis que vão desde o inglês básico ao avançado (preparatório para exames TOEFL, FCE ou CA)

    Para ser aluno do My English Online é necessário que o usuário atenda aos seguintes requisitos:
1. Cursar graduação em instituição pública de ensino superior ou cursar graduação em instituição privada de ensino superior e ter obtido pelo menos 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), nos exames realizados a partir de 2009; ou ser aluno em Programa de Pós-Graduação stricto sensu recomendado pela CAPES.
2. Realizar, obrigatoriamente, um Teste de Progresso a cada sessenta dias, de modo que, em cada nível o estudante faça dois Testes de Progresso antes da Prova Final, o qual deverá ocorrer no prazo máximo de 180 dias. O estudante receberá notificação por e-mail caso não realize os testes ou a prova dentro do prazo.

   IMPORTANTE: O usuário terá sua senha bloqueada e não poderá voltar a cursar o My English Online caso não realize os Testes de Progresso ou a Prova Final dentro do prazo estabelecido.
3. Obter rendimento igual ou superior a 60% na Prova Final para ser habilitado para o próximo nível de estudo. Informamos que para cada nível finalizado, o usuário receberá um certificado de conclusão por e-mail.
   Para acesso ao curso, visite: http://www.myenglishonline.com.br/

  Contendo partes na íntegra do site: http://www.myenglishonline.com.br/saiba-mais/requisitos

sábado, 19 de julho de 2014

Dica de Leitura: AULAS DE MARIE CURIE

Aulas de Marie Curie - Anotadas por Isabelle 

Chavannes Em 1907 - Isabelle Chavannes



     Aulas de Marie Curie trata-se de uma coletânea de 10 aulas de física ministradas pela própria Marie Curie (1867-1934) anotadas por Isabelle Chavannes quando tinha 10 anos e participava da cooperativa de educação em ciências montada por Marie Curie com a participação de Jean Baptiste Perrin (1870-1942) e Paul Langevin (1872-1946).
     O livro aborda por meio de observações conceitos de física do nosso dia a dia, como a questão de como a água vai parar nas torneiras, em que se distingue o ar do vácuo e quanto isso pesa em nossos ombros, como fazer flutuar os barcos, em que se mede a densidade de objetos quaisquer, etc.
     O livro é um forte indício da ideologia educacional de Madame Curie que tinha ênfase na observação e experimentação.
     Aulas de Marie Curie pode ser encontrado na Livraria da Física e na Edusp, Saraiva e etc.
 Para os que não possuem patrocinadores, uma versão está disponível no GoogleBooks sob o domínio

terça-feira, 15 de julho de 2014

Conhecimento científico versus Conhecimento popular

Conhecimento é algo que todos nos necessitamos, mas só adiquirimos conhecimento através da ação com o meio; entre os diversos tipos de conhecimentos está o conhecimento popular e o conhecimento cientifico. A autora Regiane Vieira Hatchwell descreve a diferença do conhecimento popular e cientifico, e qual a importância do conhecimento cientifico.
Para ler o artigo completo Clique aqui

terça-feira, 8 de julho de 2014

RELAÇÕES ENTRE O DISCURSO DO PROFESSOR E A ARGUMENTAÇÃO DOS ALUNOS EM UMA AULA DE FíSICA


                Conforme nossos estudos  nas reuniões do PIBID,  observamos a importância da conversação de alunos e professores em sala de aula. Isso é refletido pela oportunidade que os alunos têm de ensaiar o uso de uma nova linguagem, que carrega consigo características da cultura científica e para que saibam criar dentro de contextos adequados, sem anular  toda sua experiência anterior. O estudante passa a apreciar o potencial das explicações científicas, de uma forma que o estudante transpõe as fronteiras entre a sua cultura cotidiana e a cultura científica e aprende a utilizar-se das vantagens de cada uma em contextos específico (trechos extraídos do artigo).
                No artigo abaixo são analisadas duas cenas dentro de um episódio de ensino extraído de uma sequência de aulas relacionadas ao estudo do funcionamento do microondas, realizadas com alunos do primeiro ano do ensino médio. Nas duas cenas, os argumentos empregados pelos alunos contaram com refutações e também com a formulação de uma síntese das principais idéias discutidas. Este resultado foi atribuído tanto à apresentação de conhecimentos básicos por parte dos mesmos, quanto à alternância de padrões discursivos empregados pelo professor.
                  Clique no link abaixo para conferir o trabalho completo:





quarta-feira, 2 de julho de 2014

OS 6 MAIOES ERROS DE CÁLCULO DE ENGENHARIA


Não pensem que as unidades não importam. Elas se importam!


Gabriel Tonobohn             

  Em maio desse ano, a empresa de trem SNCF cometeu um erro que irá custar dezenas de milhões de euros aos cofres franceses: ela comprou 341 trens novos, mas que eram largos demais para caber nas plataformas.
   Um erro grotesco, certamente, mas este não foi o único nem o primeiro da história. Eis aqui outros exemplos onde um pequeno erro de cálculo teve consequências catastróficas ou, pelo menos, saiu muito caro. E veja só, nenhum deles aconteceu no Brasil.
Créditos: GettyImages.



A sonda que desapareceu

   A sonda Mars Climate Orbiter foi criada para monitorar o clima em Marte, mas desapareceu em 1999 por um “erro de cálculo”. A equipe da NASA usou o sistema anglo-saxão de unidades (polegadas, milhas, galões, etc), mas uma das empresas contratadas usou o sistema decimal, que usamos mais comumente aqui no Brasil (metro, grama, litro, etc.).
  O resultado foi um erro de cálculo suficiente para fazer a sonda de US$ 125 milhões chegar perto demais de Marte ao tentar manobrar para entrar em órbita. O mais provável é que ela tenha se destruído ao entrar em contato com a atmosfera.
Créditos: Antonio M. Rosario/GettyImages.


A ponte que balança


   A ponte Tacoma Narrows foi criada em 1938 sobre o Estreito de Tacoma, em Washington, Estados Unidos. Por um erro de engenharia, a ponte balançava muito e foi até apelidada de “Ponte galopante”. Demorou apenas dois anos para que, com ventos fortes a 65 km/h, a ponte finalmente caísse.            

  Os ventos causaram movimentos de torção na ponte, levando a estrutura a colapsar. Felizmente, não ouve nenhum ferido no acidente. Uma nova ponte foi construída no local e funciona até hoje.
Créditos: Domínio público.


As fotos borradas do Hubble


   O telescópio Hubble é provavelmente o mais famoso do mundo por suas belas imagens do espaço. Sendo um grande observatório espacial e não-tripulado, só poderia ser considerado um sucesso absoluto da NASA, não fosse pelo fato de que ele também já sofreu com um erro de cálculo.     
  As primeiras imagens enviadas pelo telescópio, no início dos anos 90, estavam borradas, pois seu espelho principal era muito plano. Na verdade, a diferença era de apenas 2,2 micrômetros, uma medida 50 vezes menor do que a espessura de um fio de cabelo, mas era suficiente para colocar todo o projeto em risco.
  Foi necessária uma missão com um ônibus especial em 1993 para consertar o problema.
Créditos: Frank Whitney/GettyImages.


O navio que não flutuava


   Em 1628, a Suécia inaugurava o navio de guerra mais poderosos do mundo, com 64 canhões de bronze. Na sua viagem inaugural, o navio Vasa, no entanto, vazou. A menos de 2 km da costa, o navio naufragou e infelizmente 30 pessoas morreram.     
    Segundo arqueólogos que estudaram o navio em 1961, o problema foi que o navio era assimétrico, sendo mais espesso a bombordo do que a estibordo. Mais uma vez, a razão pode ter sido o uso de medidas diferentes, já que quatro réguas usadas para a construção foram encontradas, sendo duas calibradas com pés suecos, e outras duas com pés de Amsterdã.
Créditos: Lonely Pianet/GettyImages.
O prédio que derrete carros

  Sabe aquela “brincadeira” de queimar formigas com uma lupa? É mais ou menos isso que um arranha-céu conhecido como "Walkie-Talkie" está fazendo em Londres desde o ano passado.      
    O edifício tem vidros espelhados côncavos e, com o calor gerado pelo reflexo do sol em suas janelas, atinge os carros estacionados nas ruas próximas.           
   O prédio ainda está em construção e a empresa responsável tomou medidas de emergência, como fechar os estacionamentos próximos até que uma solução definitiva seja encontrada.
Créditos: Oli Scarff/GettyImages¨$


O avião sem combustível


   Em 1983, um avião da Air Canada ficou sem combustível enquanto voava sobre a província canadense de Manitoba. Não havia acontecido nada de incomum que justificasse a falta de combustível, a não ser mais um clássico erro de cálculo causado pela confusão com o sistema de medida.           
  O Canadá havia recentemente adotado o sistema métrico decimal. O indicador de combustível a bordo do avião não estava funcionando e a tripulação foi responsável por fazer o cálculo do reabastecimento. Resultado: o avião, que deveria ter sido abastecido com 22300 kg de combustível, levantou voo com apenas 22300 libras, menos de metade.  
     Felizmente, o piloto conseguiu aterrissar na pista de Gimli. Apenas 10 pessoas ficaram levemente feridas, mas não houve nenhuma morte.
Créditos: BY-SA 3.0

segunda-feira, 23 de junho de 2014

¿CONCEITOS CIENTÍFICOS¡ Ué...Não está certo??

Dez conceitos científicos que as pessoas deveriam parar de usar do jeito errado

Muitos conceitos saíram do mundo da ciência e passaram a fazer parte da linguagem do dia a dia — e, infelizmente, eles quase sempre são usadas de maneira incorreta. Nós pedimos a um grupo de cientistas para listarem quais são os termos científicos que mais são usados do jeito errado. Aqui estão dez deles.
1. Prova
O físico Sean Carroll diz:
Eu diria que “prova” é o conceito mais incompreendido da história da ciência. Ele tem uma definição técnica (a demonstração lógica de que certas conclusões decorrem de certas suposições) que está em forte desacordo com a maneira como o termo é usado em conversas casuais, que está mais próxima do simples “forte evidência de alguma coisa”. Há uma incompatibilidade entre o que os cientistas dizem e o que as pessoas ouvem, porque os cientistas tendem a ter a definição de prova em mente. E, por definição, a ciência nunca prova coisa nenhuma! Então quando nos perguntam “Qual é a prova científica de que nós evoluímos de outras espécies?” ou “Nós podemos realmente provar que as mudanças climáticas são causadas por atividades humanas?” nós tentamos desenvolver uma explicação em vez de simplesmente dizer “Sim, nós podemos provar”. O fato de que a ciência nunca prova nada realmente, mas simplesmente cria cada vez mais teorias confiáveis e abrangentes sobre o mundo — teorias essas que sempre podem ser atualizadas e melhoradas — é um dos aspectos-chave que explicam porque a ciência é tão bem-sucedida.
2. Teoria
O astrofísico Dave Goldberg tem uma teoria sobre a palavra teoria:
Os membros do público geral (junto com as pessoas que brandem machados ideológicos) ouvem a palavra “teoria” e a equalizam com “ideia” ou “suposição”. Teorias científicas são sistemas completos de ideias que podem ser testadas e que são potencialmente refutáveis, seja por evidências ou por um experimento que alguém poderia fazer. As melhores teorias (entre as quais eu incluo a da Relatividade Especial, a da Mecânica Quântica e a da Evolução) resistiram a cem anos — ou mais — de desafios, tanto de pessoas que queriam se provar mais espertas do que Einstein como daqueles que não gostam de desafios metafísicos porque eles não se encaixam em suas visões de mundo. Por fim, teorias são maleáveis, mas não infinitamente. Teorias podem ser incompletas ou terem detalhes errados sem que todo o conceito caia por terra. A Teoria da Evolução foi sendo adaptada ao longo dos anos, mas não a ponto de ficar irreconhecível. O problema com a frase “é só uma teoria” é que ela implica que uma teoria científica real é algo pequeno — e não é.

3. Incerteza Quântica e Estranheza Quântica
Goldberg acrescenta que duas ideias têm sido mais mal interpretadas e vilipendiadas que quaisquer outros conceitos: a Incerteza Quântica e a Estranheza Quântica (também chamada de comportamento não-local ou entrelaçamento quântico). Isso acontece quando as pessoas se apropriam de conceitos da Física com intenções espirituais ou New Age:
As pessoas criam falácias que são exploradas por um certo tipo de espiritualistas e gurus da autoajuda, que podem ser resumidas por aquela abominação chamada “Quem somos nós?” (o filme cujo título original é “What the Bleep Do We Know?”). Todo mundo sabe que o ponto central da mecânica quântica é a questão da medida. Um observador que tentar medir a posição ou o momentum ou a energia causa “o colapso da função de onda”, que entra em colapso de modo não determinista. (Na verdade, um dos meus primeiros artigos foi sobre “Quão esperto você precisa ser para causar o colapso de uma função de onda?”). Mas só porque o universo não é determinista, isso não significa que você está no controle dele. É incrível (e assustador) o modo como em certos círculos pensantes a Incerteza Quântica e a Estranheza Quântica sempre aparecem ligadas à ideia de alma, de que seres humanos controlam o universo ou a qualquer outra pseudociência. No fim das contas, somos feitos de partículas quânticas (prótons, nêutrons, elétrons) e somos parte do universo quântico. Claro que isso é legal, mas apenas no sentido de que a física é muito legal.
4. Aprendido versus inato
A bióloga evolutiva Marlene Zuk diz:
Um dos usos errados de que eu mais gosto é a ideia de os comportamentos serem “aprendidos versus inatos” ou qualquer uma das outras versões desse erro. A primeira pergunta que eu frequentemente recebo quando eu falo sobre comportamento é sobre o que é “genético” e o que não é, e isso é um erro porque TODOS as características SEMPRE são o resultado de uma junção das contribuições dos genes e do ambiente. Só a diferença entre as características, e não a característica em si, pode ser tida como genética ou aprendida — por exemplo: se você tem gêmeos idênticos criados em ambientes diferentes e eles fazem alguma coisa de forma diferente (como falar línguas diferentes), então a diferença é aprendida. Mas falar francês ou italiano ou qualquer outra língua não é, por si mesmo, algo totalmente aprendido, porque, no final das contas, obviamente que a criatura precisa ter um determinado background genético para ser capaz de falar.

5. Natural
O especialista em Biologia Sintética Terry Johnson está cansado de ver as pessoas entendendo o significado dessa palavra do jeito errado:
“Natural” é uma palavra que vem sido usada em tantos contextos e com tantos significados diferentes que se tornou praticamente impossível analisar essa questão. Seu uso mais básico, que distingue os fenômenos que só existem por causa da humanidade de fenômenos que não precisam dela para acontecerem, pressupõe que os seres humanos estão fora da natureza e que nossas obras não são naturais quando comparadas às obras de, digamos, castores ou abelhas.
Quando estamos falando de comida, “natural” é uma definição ainda mais escorregadia. A palavra tem significados diferentes em países diferentes e, nos EUA, a FDA simplesmente desistiu de tentar definir “comida natural” (principalmente em favor do termo “orgânico”, outra palavra de significado nebuloso). No Canadá, eu poderia comercializar milho como “natural” se eu evitar a adição ou a subtração de várias coisas antes de vendê-lo, mas o próprio milho já é o resultado de milhares de anos de seleção feita por humanos, de uma planta que não existiria sem a intervenção humana.
6. Gene
Johnson tem uma preocupação ainda maior com a maneira como a palavra gene é usada:
Foram necessários 25 cientistas trabalhando por dois dias para que chegássemos a uma definição: “uma região localizável de sequência genômica, correspondente a uma unidade de herança, que é associada a regiões reguladoras, regiões transcritas e/ou outras regiões de sequências funcionais”. Isso significa que um gene é uma pedacinho do DNA para o qual nós podemos apontar e dizer “aquilo faz alguma coisa, ou regula a realização de alguma coisa”. A definição é bem flexível e pode ser reelaborada; pouco tempo atrás nós pensávamos que grande parte do nosso DNA não servia para nada. Nós o chamávamos de “DNA lixo”, mas estamos descobrindo que muito desse lixo tem funções que não são óbvias.
Normalmente, a palavra “gene” é usada do jeito errado quando vem seguida da palavra “para”. Há dois problemas aqui. Todos nós temos genes para hemoglobina, mas nem todos temos anemia falciforme. Pessoas diferentes têm versões diferentes do gene da hemoglobina e essas versões se chamam alelos. Existem alelos de hemoglobina que são associados à anemia falciforme e outros que não são. Então, um gene se refere a uma família de alelos e apenas alguns membros dessa família estão associados a doenças e desordens — isso se estiverem. O gene não é o problema — acredite, você não viveria muito tempo sem hemoglobina –, embora uma determinada versão da hemoglobina possa ser problemática.
O que mais me preocupa é a popularização da ideia de que quando uma variação genética está relacionada a alguma coisa, ela se torne “o gene para” aquela coisa. Esta linguagem acaba sugerindo que “esse gene causa uma doença cardíaca”, quando na realidade, em geral, o correto seria dizer “pessoas que têm este alelo parecem ter uma incidência ligeiramente maior de doenças cardíacas, mas nós não sabemos qual o motivo disso e talvez haja vantagens que compensem essa característica desse alelo, mas nós ainda não as descobrimos porque simplesmente não estávamos procurando por elas”.
7. Estatisticamente significante
O matemático Jordan Ellenberg quer deixar o registro correto sobre esse conceito:
“Estatisticamente significante” é uma daquelas frases que os cientistas gostariam de pegar de volta e renomear. “Significante” sugere importância; mas o teste de significância estatística, criado pelo estatístico britânico R.A. Fisher, não mede a importância ou o tamanho de um efeito; ele apenas aponta a existência desse efeito, mostra que somos capazes de percebê-lo, usando nossas ferramentas estatísticas mais afiadas. “Estatisticamente perceptível” ou “estatisticamente discernível” seriam expressões muito melhores.

8. Sobrevivência do mais apto
A paleoecologista Jacquelyn Gill diz que as pessoas não compreendem um dos princípios mais básicos da Teoria da Evolução.
No topo da minha lista está “sobrevivência do mais apto”. Em primeiro lugar, essas não são palavras de Darwin; em segundo lugar as pessoas não compreendem direito o que significa “mais apto”. Também há muita confusão sobre o conceito de evolução no geral, incluindo a persistente ideia de que a evolução é progressiva e direcional (ou mesmo algo deliberado da parte dos organismos; as pessoas simplesmente não pegam a ideia de seleção natural), ou a ideia de que todas as características devem ser adaptativas (seleção sexual existe! Mutações aleatórias também!).
Mais apto não significa mais forte nem mais inteligente. Significa simplesmente um organismo que se encaixa melhor em seu ambiente, o que pode significar qualquer coisa, desde “menor” ou “mais escorregadio” até “mais venenoso” ou “mais capaz de viver sem água por semanas”. Além disso, as criaturas nem sempre evoluem de maneira que nós possamos explicar as adaptações. O caminho evolucionário delas tem mais a ver com mutações aleatórias ou traços que sejam atraentes para outros membros daquela espécie.
9. Escalas de tempo geológico
Gill, cujo trabalho gira em torno de ambientes do Pleistoceno que existiram 15.000 anos atrás, diz que ela fica desanimada com quão pouco as pessoas parecem entender sobre as escalas de tempo da Terra:
Uma questão com a qual eu sempre me deparo é a de que o público simplesmente não entende as escalas geológicas. Tudo que é pré-histórico acaba comprimido na cabeça das pessoas e eles pensam que 20.000 anos atrás nós tínhamos espécies drasticamente diferentes (não) ou dinossauros (não, não, não). Claro que não ajuda o fato de que os dinossauros de brinquedo quase sempre são vendidos no mesmo pacote que homens das cavernas e mamutes.
10. Orgânico
A entomologista Gwen Pearson diz que há toda uma constelação de termos que vêm junto com a palavra “orgânico”, como “livre de produtos químicos” e “natural”. E ela está cansada de ver como as pessoas não compreendem esses termos:
Estou menos preocupada com a forma como esses termos são tecnicamente incorretos [uma vez que toda] comida é orgânica, por conter carbono etc. [Minha preocupação é] a maneira como essas palavras são usadas para deixar de lado ou minimizar as diferenças reais entre comida e processos industriais.
As coisas podem ser naturais e “orgânicas”, mas ainda assim muito perigosas.

As coisas podem ser “sintéticas” e manufaturadas, mas seguras. E algumas vezes essas coisas artificiais são escolhas melhores. Se você estiver tomando insulina, é bem provável que ela seja feita com bactérias geneticamente modificadas. E ela salva vidas.

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